Eskrita Feminina
Mulher um ser que se diferencia até na escrita...
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Novidades em breve
Ando sumida aqui do blog por falta de tempo e confesso que por falta de disposição também!
quarta-feira, 14 de maio de 2014
“O amor acaba”
“O amor acaba”, de Paulo Mendes Campos
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua
nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos
parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele
atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto,
polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical,
depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no
desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no
escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor
tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas
sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos
monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes
acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as
mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar
diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão
ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas
femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o
amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade
simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina;
no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não
floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de
duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de
delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que
vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas
esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na
barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e
quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na
usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio,
frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que
chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na
descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou,
com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e
diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres,
Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia
imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos,
até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o
mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente
esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que
alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor
nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda
ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de
noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do
outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer
hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os
lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Eu voltei...agora pra ficar ;)
Olá pessoal...Voltei!
Que
saudades!!! Nossa quanto tempo não vinha no meu cantinho, já estava todo empoeirado rsrsrs. Chegou a hora da faxina rsrs... A partir de hoje vou postar mais vezes e PROMETO não sumir mais.
Um grande bjoo e até qualquer hora.
XerOoO
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
A entrega
A entrega
Dois corpos e uma só alma. Um calor delirante. O suor escorrendo
pelo corpo. Uma perna que esmaga outra. Os gemidos, os murmúrios, os gritos. As palavras doces,
vulgares, os arranhões. A língua e as pontas dos dedos, as
carícias. O coração
disparado. Os bicos dos
seios doloridos de tão duros. As línguas duelando como espadas.
As mãos dadas, os dedos entrelaçados. Os braços formando uma cruz no centro da cama. As unhas rasgando as costas suadas. Os dedos perdidos entre os cabelos. Os dentes tatuando a pele. As pernas separadas. A flor se abrindo lentamente. A abelha com sede de mel. O prazer dominando o corpo. O sangue correndo rápido. As ondas de prazer.
Os apertos. Os seios amassados, machucados, mordidos... As pequenas coisas de amor. Um enorme cansaço, o despertar do pênis. O cheiro do pecado. As penetrações lentas, as penetrações violentas, as penetrações sorrateiras, a violação.
Os corpos fazendo-se águas. A língua possuindo a orelha. Os beijos subindo do pescoço até a boca. As cócegas, os risos, as gargalhadas. O amor, o prazer, a felicidade. A realização de todos os caprichos. Doces reclamações..
O pênis enrijecido alinhado por entre as pernas. As pregas se abrindo. O dedilhar dos clitóris, o cheiro do mal. A delicadeza dos testículos, a virilha ensanguentada. O pecado consumado. A pequena morte. A loucura, a pureza. O êxtase, a exaustão, o sono profundo.... A entrega.
As mãos dadas, os dedos entrelaçados. Os braços formando uma cruz no centro da cama. As unhas rasgando as costas suadas. Os dedos perdidos entre os cabelos. Os dentes tatuando a pele. As pernas separadas. A flor se abrindo lentamente. A abelha com sede de mel. O prazer dominando o corpo. O sangue correndo rápido. As ondas de prazer.
Os apertos. Os seios amassados, machucados, mordidos... As pequenas coisas de amor. Um enorme cansaço, o despertar do pênis. O cheiro do pecado. As penetrações lentas, as penetrações violentas, as penetrações sorrateiras, a violação.
Os corpos fazendo-se águas. A língua possuindo a orelha. Os beijos subindo do pescoço até a boca. As cócegas, os risos, as gargalhadas. O amor, o prazer, a felicidade. A realização de todos os caprichos. Doces reclamações..
O pênis enrijecido alinhado por entre as pernas. As pregas se abrindo. O dedilhar dos clitóris, o cheiro do mal. A delicadeza dos testículos, a virilha ensanguentada. O pecado consumado. A pequena morte. A loucura, a pureza. O êxtase, a exaustão, o sono profundo.... A entrega.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
De repente 25
De repente 25
1\4 de século, 25 primaveras, 25 anos, 2.5..., chamem como quiser, só sei q foi desesperador acordar hoje, dia 04 de setembro e ver que eu estou completando 25 anos. Sim, depois dos 20 anos os números vêem me assustando bastante. Não, a idade em si não me incomoda tanto, o que mais me preocupa é ver que o tempo está passando em velocidade luz e ainda tenho muito a fazer.
25 anos. Achei que acordaria
diferente hoje. Mais sábia, mais equilibrada, mais pacífica, mais serena. Que
tonta eu fui! Continuo com todas as minhas dúvidas, com minhas pouquíssimas
certezas, com meus momentos de loucura, mesclados às minhas sabedorias
inesperadas. Continuo com o mesmo cabelo, rosto, corpo e alma… Nada envelheceu
em mim, ao contrário. Sinto-me uma pessoa melhor em vários sentidos. Não sinto
mais a necessidade de ter opinião sobre as coisas. Quem me conhece há mais
tempo devem se lembrar do quanto eu parecia gostar de me envolver em qualquer
discussão, sobre qualquer tema, como se dela dependesse o futuro da humanidade.
Hoje, não mais. Quem tem razão, eu ou você? Não sei, nem quero saber. Cigarros? Desde que não fumem perto
de mim, os outros podem se matar à vontade. Enfim, estou aprendendo a viver.
De repente, 25 anos...
(risos) A última vez que me imaginei mais velha foi aos 10 anos. Pensava em
como seria quando tivesse 18. Depois disso, deixei de projetar minha imagem no
futuro. Mas hoje meus 25 anos chegaram e despejaram sobre a minha cabeça um
saco cheio de pontos de interrogações. Menina ou mulher?! O que eu sou agora?!
Pois com 25 anos você é uma mulher, mas eu – definitivamente – eu não me sinto
assim. Sinto-me uma garota. Sim! Uma menina repleta de responsabilidades ainda
que leve tudo na brincadeira, com alegria, com a felicidade que sempre estampei
no rosto até em tempos de depressão e melancolia.
Parece que foi ontem que
tinha 15… Então, hoje tenho 25. Assim tão rápido. Mas diferentemente da menina
de 10 anos atrás, a mulher que acordou
hoje, pasma e espantada pela velocidade do tempo, descobriu que aos 25 está
ainda mais louca. Deliciosamente louca, podendo tudo, querendo tudo, saboreando
a vida em grandes goles. Pois aos 25 anos já dá para perceber que você não vai
mudar o mundo, então fica mais fácil relaxar e aproveitar as alegrias da vida.
Que são muitas. Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor
do que há alguns anos. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu
coração e isso não te assusta tanto!
Com 25 anos, sair três vezes
por final de semana lhe deixa esgotada e significa muito dinheiro para seu
pequeno salário. Falando nisso, com 25 anos você olha para o seu trabalho e,
talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Você trata de
começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se
tornam mais fortes. De repente, você esquece o passado, e se preocupa com o futuro…
E como construir uma vida para você.
25 anos. De erros e acertos.
Me alternei entre eles e por vezes me deparei com a vitória ou com o
arrependimento. Perdi tanta felicidade buscando ser feliz. Encontrei tanta
tristeza evitando entristecer. E o que eu guardei em meio a isso tudo foi a
esperança e a vontade de não crescer, de nunca me sentir totalmente madura ou
pronta. Tanto que às vezes me sinto agindo como se eu tivesse bem menos idade do que o
espelho me mostra. E às vezes me sinto tendo vivido muito mais do que o
calendário me mostra. Calendários contra espelhos, quantas vezes a nossa
consciência transforma nossas vidas em uma disputa entre ambos. Enfim, com 25 anos sou uma criança
com desejo de adulta. Sou uma adulta com vontade de criança. Sou uma velha
rabugenta que às vezes não quer sair de casa. Sou uma adolescente revoltada que
em alguns dias quer dançar até se esquecer da vida. Criança ou velha, menina ou
mulher, o importante é fazer acontecer, ser feliz e se amar como é, e aprender a
viver a vida, pois se ela é curta como falam, meus 25 anos é o
sol que começa a alcançar o meio dia.
#Aniversário
Oi queridos!
Espero
que estejam todos bem.
Eu sei...
fiquei muito tempo sem aparecer ... "tava" complicado, juro!
Podemos
pular esta parte ?
Ok
.... Gente hoje é meu aniversário de 25 anos. Agora senti que to ficando
realmente velha. hahahahah Fazer o que! Todo mundo fica né?!!! o que resta é
comemorar rsrs…
segunda-feira, 11 de março de 2013
A VOLTA
Olá, pessoal!
Há tempos não venho aqui, por motivos que nem eu sei porque, talvez seja preguiça, falta de criatividade ou conteúdo…Lembro que a última vez que passei por aqui estava tão feliz e agradecida por estar vivendo dias tão felizes. Mas a vida muda e a cada segundo nos apresenta supresas. Realmente foi o fim... me desiludi.
Mas de um tempo pra cá, muitas coisas mudaram, mudei meu conceito sobre várias pessoas, construir meu castelo de areia de novo, em outra praia, permiti que o amor entrasse novamente em meu coração e arrisque, só pra ver até onde ia…
Como diz o povo tudo passa. E tudo o que vivi foi lição, aprendizado, evolução e sempre digo para mim mesma: a vida está sempre nos preparando para sermos cada vez mais fortes. Sermos gratos a Deus por tudo e principalmente pelos momentos tristes porque neles estamos apenas ficando mais fortes e aprendendo cada vez mais.
Há tempos não venho aqui, por motivos que nem eu sei porque, talvez seja preguiça, falta de criatividade ou conteúdo…Lembro que a última vez que passei por aqui estava tão feliz e agradecida por estar vivendo dias tão felizes. Mas a vida muda e a cada segundo nos apresenta supresas. Realmente foi o fim... me desiludi.
Mas de um tempo pra cá, muitas coisas mudaram, mudei meu conceito sobre várias pessoas, construir meu castelo de areia de novo, em outra praia, permiti que o amor entrasse novamente em meu coração e arrisque, só pra ver até onde ia…
Como diz o povo tudo passa. E tudo o que vivi foi lição, aprendizado, evolução e sempre digo para mim mesma: a vida está sempre nos preparando para sermos cada vez mais fortes. Sermos gratos a Deus por tudo e principalmente pelos momentos tristes porque neles estamos apenas ficando mais fortes e aprendendo cada vez mais.
E talvez esse texto, sem sentido, seja um indício que voltei a me preocupar com a vida, e que talvez as coisas mudem novamente…
Um grande beijo no coração de todos vocês,
Um grande beijo no coração de todos vocês,
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