De repente 25
1\4 de século, 25 primaveras, 25 anos, 2.5..., chamem como quiser, só sei q foi desesperador acordar hoje, dia 04 de setembro e ver que eu estou completando 25 anos. Sim, depois dos 20 anos os números vêem me assustando bastante. Não, a idade em si não me incomoda tanto, o que mais me preocupa é ver que o tempo está passando em velocidade luz e ainda tenho muito a fazer.
25 anos. Achei que acordaria
diferente hoje. Mais sábia, mais equilibrada, mais pacífica, mais serena. Que
tonta eu fui! Continuo com todas as minhas dúvidas, com minhas pouquíssimas
certezas, com meus momentos de loucura, mesclados às minhas sabedorias
inesperadas. Continuo com o mesmo cabelo, rosto, corpo e alma… Nada envelheceu
em mim, ao contrário. Sinto-me uma pessoa melhor em vários sentidos. Não sinto
mais a necessidade de ter opinião sobre as coisas. Quem me conhece há mais
tempo devem se lembrar do quanto eu parecia gostar de me envolver em qualquer
discussão, sobre qualquer tema, como se dela dependesse o futuro da humanidade.
Hoje, não mais. Quem tem razão, eu ou você? Não sei, nem quero saber. Cigarros? Desde que não fumem perto
de mim, os outros podem se matar à vontade. Enfim, estou aprendendo a viver.
De repente, 25 anos...
(risos) A última vez que me imaginei mais velha foi aos 10 anos. Pensava em
como seria quando tivesse 18. Depois disso, deixei de projetar minha imagem no
futuro. Mas hoje meus 25 anos chegaram e despejaram sobre a minha cabeça um
saco cheio de pontos de interrogações. Menina ou mulher?! O que eu sou agora?!
Pois com 25 anos você é uma mulher, mas eu – definitivamente – eu não me sinto
assim. Sinto-me uma garota. Sim! Uma menina repleta de responsabilidades ainda
que leve tudo na brincadeira, com alegria, com a felicidade que sempre estampei
no rosto até em tempos de depressão e melancolia.
Parece que foi ontem que
tinha 15… Então, hoje tenho 25. Assim tão rápido. Mas diferentemente da menina
de 10 anos atrás, a mulher que acordou
hoje, pasma e espantada pela velocidade do tempo, descobriu que aos 25 está
ainda mais louca. Deliciosamente louca, podendo tudo, querendo tudo, saboreando
a vida em grandes goles. Pois aos 25 anos já dá para perceber que você não vai
mudar o mundo, então fica mais fácil relaxar e aproveitar as alegrias da vida.
Que são muitas. Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor
do que há alguns anos. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu
coração e isso não te assusta tanto!
Com 25 anos, sair três vezes
por final de semana lhe deixa esgotada e significa muito dinheiro para seu
pequeno salário. Falando nisso, com 25 anos você olha para o seu trabalho e,
talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Você trata de
começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se
tornam mais fortes. De repente, você esquece o passado, e se preocupa com o futuro…
E como construir uma vida para você.
25 anos. De erros e acertos.
Me alternei entre eles e por vezes me deparei com a vitória ou com o
arrependimento. Perdi tanta felicidade buscando ser feliz. Encontrei tanta
tristeza evitando entristecer. E o que eu guardei em meio a isso tudo foi a
esperança e a vontade de não crescer, de nunca me sentir totalmente madura ou
pronta. Tanto que às vezes me sinto agindo como se eu tivesse bem menos idade do que o
espelho me mostra. E às vezes me sinto tendo vivido muito mais do que o
calendário me mostra. Calendários contra espelhos, quantas vezes a nossa
consciência transforma nossas vidas em uma disputa entre ambos. Enfim, com 25 anos sou uma criança
com desejo de adulta. Sou uma adulta com vontade de criança. Sou uma velha
rabugenta que às vezes não quer sair de casa. Sou uma adolescente revoltada que
em alguns dias quer dançar até se esquecer da vida. Criança ou velha, menina ou
mulher, o importante é fazer acontecer, ser feliz e se amar como é, e aprender a
viver a vida, pois se ela é curta como falam, meus 25 anos é o
sol que começa a alcançar o meio dia.